segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Apaixone-se

"Apaixone-se por alguém que te curte, que te espere, que te compreenda mesmo na loucura. Por alguém que te ajude, que te guie, que seja teu apoio, tua esperança. Apaixone-se por alguém que volte para conversar com você depois de uma briga, depois do desencontro, por alguém que caminhe junto a ti, que seja seu companheiro. Apaixone-se por alguém que sinta sua falta e que precise de você. Não apaixone-se apenas pela ideia de estar apaixonado"

Eu vivo assim'

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Os olhos que olho nos olhos'

São teus olhos
A luz de mil estrelas são teus olhos
Você que acendeu a minha vida
Não deixe nunca o brilho se apagar

Meu amor
Se eu pudesse traduzir meu coração
Todas as poesias feitas da paixão
Não seriam o bastante pra dizer

Meu amor no silêncio dos teus braços eu já sei
Que no teu abraço eu já encontrei
O lugar perfeito pro amor viver

Meu amor que transforma o mundo inteiro
Em um jardim
Que me faz acreditar que é pra mim
Que a lua se derrama pelo mar

Meu amor
Eu sabia antes de te conhecer
Que os meus sonhos me guardavam
Pra você
Esperando a hora de te encontrar

São teus olhos
A luz de mil estrelas são teus olhos

Teus olhos


Viver se apaixonando todo dia é o melhor dos meus dias...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Descobrindo a pureza'


Hoje eu amo aquele "hominho" que conheci,mais do que podia imaginar amar alguém;
 sou muito feliz com vc!
 E estar ao teu lado é td de melhor nos meus dias...Você é realmente o que sempre acreditei q um dia Deus me traria...O homem da minha vida!
 Porque isso implica muita coisa, além de sexo de vez em quando e um carinho sem vontade,
 isso quer dizer companherismo e paixão por se dar por inteiro a alguém. 
E vc é assim! Minha metade.

Á você.

Eu tenho o melhor'

!Ter ou não ter um namorado!
Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção.
A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira:
basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes,
dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas,
medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade,
ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.
Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas,
de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia,
ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico
ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não
gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas
e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele;
abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança
e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas,
beira d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo
e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada.
Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e,
de repente, parecer que faz sentido.
"Enlou-cresça" 
Artur da Távola

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

F.O'

Se minhas palavras fossem sempre ditas choros eu viria...

Não dá mesmo pra agradar a todos, não boneca de enfeite...

Sou de carne osso e sofro das mesmas doenças que você pode ter...

E um F O... pra quem não precisa entender uma pequena grande pessoa...

Os meus motivos são intermináveis!

Páginas'

(Pedaços de minha vida escrita por um amante das palavras... Marques Rabelo')

Não encontro outro descanso senão nos teus olhos. E não é a mocidade que eu vejo brilhando no fundo dos teus olhos de vinte anos  é a eternidade.

O corpo branco no domingo branco. O pensamento branco como página para escrever.

Se o vento zumbe terrível (como agora sobre as salinas), não recriminemos o vento  ele desempenha o seu papel. Desempenhemos os nossos papéis. Eis tudo. Quantas vezes já não fomos ventos devastadores na vida das criaturas? Quantas ruínas já não deixamos atrás de nós?

As limitações levantam-se como cercas de espinhos, boa parte delas gerada por nós próprios, servos inconscientes de obsoletos códigos.
A que heroísmos nos impulsionam! Em que depressões nos afundam!
Para as palpitações e dores nas pernas, a ciência, consultada sob a forma pouco sutil de Gasparini, responde: são estrepolias do vago.
 

Não guardo meus defeitos para a intimidade.
 

Nada está direito. A vida é insuportável. Mas devemos calar.
 
 

  

Os amantes

Nos dois primeiros dias, sempre que o telefone tocava, um de nós dois esboçava um movimento, um gesto de quem vai atender.


Mas o gesto era cortado no ar. Ficávamos imóveis, ouvindo a campainha bater, silenciar, bater outra vez. Havia um certo susto, como se aquele trinado repetido fosse uma acusação, um gesto agudo nos apontando. Era preciso que ficássemos imóveis, talvez respirando com mais cuidado até que o aparelho silenciasse.


Então tinhamos um suspiro de alívio. Havíamos vencido mais uma vez os nossos inimigos. Nossos inimigos era toda a população da cidade imensa, que transitava lá fora nos veiculos dos quais nos chegava apenas um estrondo distante de bondes, a sinfonia abafada das buzinas, às vezes o ruído do elevador. Sabíamos quando alguém parava o elevador em nosso andar; tínhamos o ouvido apurado, pressentíamos os passos na escada antes que eles se aproximassem. A sala da frente estava sempre de luz apagada. Sentíamos, lá fora, o emissário do inimigo. Esperávamos, quietos. Um segundo, dois  e a campainha da porta batia, alto, rascante. Ali, a dois metros, atrás da porta escura, estava respirando e esperando um inimigo. Se abríssemos, ele  fosse quem fosse  nos lançaria um olhar, diria alguma coisa  e então o nosso mundo estaria invadido.


No segundo dia ainda hesitamos; mas resolvemos deixar que o pão e o leite ficassem lá fora; o jornal era remetido por baixo da porta, mas nenhum de nós o recolhia. Nossas provisões eram pequenas; no terceiro dia já tomávamos café sem açucar, no quarto a despensa estava praticamente vazia. No apartamento mal iluminado, íamos emagrecendo de felicidade, devíamos estar ficando pálidos, e às vezes, unidos, olhos nos olhos, nos perguntávamos se tudo não era um sonho; o relógio parara, havia apenas aquela tênue claridade que vinha das janelas sempre fechadas; mais tarde essa luz do dia distante, do dia dos outros, ia se perdendo, e então era apenas uma pequena lâmpada no chão que projetava nossas sombras nas paredes do quarto e vagamente escoava pelo corredor, lançava ainda uma penumbra confusa na sala, onde não íamos jamais.


Pouco falávamos: se o inimigo estivesse escutando às nossas portas, mal ouviria vagos murmúrios; e a nossa felicidade imensa era ponteada de alegrias menores e inocentes, a água forte e grossa do chuveiro, a fartura festiva de toalhas limpas, de lençóis de linho.


O mundo ia pouco a pouco desistindo de nós; o telefone batia menos e a campainha da porta quase nunca. Ah, nós tinhamos vindo de muito e muito amargor, muita hesitação, longa tortura e remorso; agora a vida era nós dois, e o milagre se repetia tão quieto e perfeito como se fosse ser assim eternamente.


Sabíamos estar condenados; os inimigos, os outros, o resto da população do mundo nos esperava para lançar seus olhares, dizer suas coisas, ferir com sua maldade ou sua tristeza o nosso mundo, nosso pequeno mundo que ainda podíamos defender um dia ou dois, nosso mundo trêmulo de felicidade, sonâmbulo, irreal, fechado, e tão louco e tão bobo e tão bom como nunca mais, nunca mais haverá.






No oitavo dia sentimos que tudo conspirava contra nós. Que importa a uma grande cidade que hava um apartamento fechado em alguns de seus milhares de edificios; que importa que lá dentro não haja ninguém, ou que um homem e uma mulher ali estejam, pálidos, se movendo na penumbra como dentro de um sonho?


Entretanto, a cidade, que durante uns dois ou três dias parecia nos haver esquecido, voltava subitamente a atacar. O telefone tocava, batia dez, quinze vezes, calava-se alguns minutos, voltava a chamar; e assim três, quatro vezes sucessivas.


Alguém vinha e apertava a campainha; esperava; apertava outra vez, experimentava a maçaneta da porta; batia com os nós dos dedos, cada vez mais forte, como se tivesse certeza de que havia alguém lá dentro. Ficávamos quietos, abraçados, até que o desconhecido se afastasse, voltasse para a rua, para a sua vida, nos deixasse em nossa felcidade que fluía num encantamento constante.


Eu sentia dentro de mim, doce, essa espécie de saturação boa, como um veneno que tonteia, como se meus cabelos já tivessem o cheiro de seus cabelos, se o cheiro de sua pele tivesse entrado na minha. Nossos corpos tinham chegado a um entendimento que era além do amor, eles tendiam a se parecer no mesmo repetido jogo lânguido, e uma vez que, sentado de frente para a janela, por onde se filtrava um eco pálido de luz, eu a contemplava tão pura e nua, ela disse: meu Deus, seus olhos estão esverdeando.


Nossas palavras baixas eram murmuradas pela mesma voz, nossos gestos eram parecidos e integrados, como se o amor fosse um longe ensaio para que um momento chamasse outro; inconscientemente compúnhamos esse jogo de um ritmo imperceptível, como um lento, lento bailado.


Mas naquela manhã ela se sentiu tonta, e senti também minha fraqueza; resolvi sair, era preciso dar uma escapada para obter víveres; vesti-me lentamente, calcei os sapatos como quem faz algo de estranho; que horas seriam?


Quando cheguei à rua e olhei, com um vago temor, um sol extraordinariamente claro me bateu nos olhos, na cara, desceu pela minha roupa, senti vagamente que aquecia meus sapatos. Fiquei um instante parado, encostado à parede, olhando aquele movimento sem sentido, aquelas pessoas e veículos irreais que se cruzavam; tive uma tonteira, e uma sensação dolorosa no estômago.


Houve um grande caminhão vendendo uvas, pequenas uvas escuras; comprei cinco quilos, o homem fez um grande embrulho de jornal; voltei carregando aquele embrulho de encontro ao peito, como se fosse a minha salvação.
 

E levei dois, três minutos, na sala de janelas absurdamente abertas, diante de um desconhecido, para compreender que o milagre acabara; alguém viera e bate à porta, e ela abrira pensando que fosse eu, e então já havia também o carteiro querendo recibo de uma carta registrada e, quando o telefone bateu, foi preciso atender, e o nosso mundo foi invadido, atravessado, desfeito, perdido para sempre  senti que ela me disse isso num instante, num olhar entretanto lento (achei seus olhos muito claros, há muito tempo não os via assim, em plena luz), um olhar de apelo e de tristeza, onde, entretanto, ainda havia uma inútil, resignada esperança. 
 
Rubem Braga

O melhor de ser amante é que o meu amor muda de amante pra amado como as nossas tardes de domingo...

Ao meu pai'

Conversa de Pai e Filha - ANTÔNIO MARIA

-Pai, eu tenho um namorado.
Pai, que ouve isso da filha mocinha, pela primeira vez, sente uma dor muito grande. Todo sangue lhe sobe à cabeça, e o chão do mundo roda sob seus pés. Ele pensava, até entãom que só a filha dos outros tinha namorado. A sua tem, também. Um namorado presunçosamente homem, sem coração e sem ternura. Um rapazola, banal, que dominará sua filha. Que a beijará no cinema e lhe sentirá o corpo, no enleio da dança. Que lhe fará ciúmes de lágrimas e revolta; pior ainda, de submissão, enganando-a com outras mocinhas. Que, quando sentir os seus ciúmes, com todo certeza, lhe dirá o nome feio e, possivelmente, lhe torcerá o braço. E ela chorará, porque o braço lhe doerá. Mas ela o pedoará no mesmo momento ou, quem sabe, não chegará, sequer, a odiá-lo. E lhe dirá, com o braço doendo ainda: "Gosto de você, mas que de tudo, só de você." Mais que de tudo e mais que dele, o pai, que nunca lhe torceu o braço. Só de você é nao gostar dele, o pai. E pensará, o pai, que esse porcaria de rapaz fará a filha mocinha beber whisky. e ela, que é mocinha, ficará tonta, com o estômago às voltas. Mas terá que sorrir. E tudo o que conseguir dela será, somente, para contar aos amigos, com quem permuta as gabolices sobre suas namoradas. Ah! O pai se toma de imensa vontade de abraçar-se a filha e perdir-lhe que não seja ninguém. De abraçá-la e rogar a Deus que os mate, aos dois, assim, abraçados, ali mesmo, antes que torça o bracinho da filja. Como é absurda e egoisticamente irracional amor de pai! Mais qye ódio de fera. Ele sabe disso e se sente um coitado. Embora se evitar que todos esses medos, iras e zelos passem por sua cabeça, tem que saber que sua filha é igual a filha dos outros; e, como a filha dos outros, será beijada na boca. Ele, o pai beijou a filha dos outros. Disse-lhe, com ciúme, o nome feio, E torceu-lhe o braço, até doer. Nunca pensou que sua namorada fosse filha de ninguém. Ele, o pai. tem, agora, que olhar a filha com o maior de todos os carinhos e sorrir-lhe um sorriso completo de bem-querer, para que ela, em nenhum momento, sinta que está sendo perdoada. Protegida, sim. Amada, muito mais. E, quando ela repetir que tem um namorado, dizer-lhe apenas:
-Queira bem a ele, minha filha.

(É meu pai a verdade aconteceu pra sua menininha... Ela cresceu e o rapaz apareceu no seu portão (ou não) e muita coisa mudou. Amo loucamente e até digo muito mais que isso, mas o seu amor...Ah o seu amor é único e eu sempre estarei aqui (pelo menos até Deus permitir) para poder abraça-lo e lhe dizer o quanto o amo!)