quinta-feira, 3 de março de 2011

Pequenez espiritual'

 Hoje o dia está inspirado na múscia que desde o 1° dia que ouvi me chamou atenção,
e até hoje a ouço e sinto a mesma emoção...pra você pode ser banal mas para mim o 
Grupo que infelizmente não pude conhecer "vivo" Legião Urbana ensinou e faz isso até hoje a nós grandes jovens do Brasil o que realmente é viver.
Letras, melodias, frases e sinfonia que fizeram do Legião a nossa Legião como diria mesmo o Renato Russo... "A gente ta aqui mas a Legião são vocês".
E devemos sim a esse grande peota e critico de um país cheio de desigualdades e mentiras um agradecimento de ter vindo ao mundo e compartilhado com nós, (todas as gerações) essas muitas verdades sobre a vida, o próximo e o nosso país.
Deixemos de ser hipocritas e viva-se olhando pro seu rabo e não pro do outro...
Somos tão jovens, não vamos perder mais tempo com a futilidade.

E deixo ai pra vocês um grande texto de Márcia Denser e o video dessa grande música
TEMPO PERDIDO - LEGIÃO URBANA


http://www.youtube.com/watch?v=9cArxGv_m8k



O que é mediocridade?
Márcia Denser*
O processo de banalização que atinge todas as atividades humanas – lazer, trabalho, estudo – promove simultaneamente a mediocrização do sujeito. Segundo um antigo dicionário, medíocre é "mediano, ordinário, insignificante, vulgar, sem mérito, aquele que está entre mau e insuficiente", definição correta mas imprecisa, mas alterando-se os dois últimos termos para “mau, porém conveniente”, o conceito se aguça. No geral, a mediocridade vem com o rótulo de humildade ou modéstia, produtos desonestíssimos mas que, infelizmente, indicam a medida da humanidade e atual pré-condição para a sobrevivência. Falando nisso, aplicando-se aqui a implacável lei darwiniana, a do “mais apto”, não sobraria ninguém na face da terra. Mas deixemos a arqueologia de lado e encaremos a coisa de frente – aliás, aquilo que um medíocre nunca faz. É sua marca registrada: no logo, baby.

A mediocridade é sempre gregária. É aquela face sem rosto desbaratinada no meio dum escritório, fábrica, supermercado, corporação, porque o medíocre só viceja em relação a alguém, de preferência seu superior imediato, que é sempre um medíocre de maior magnitude, digamos. Como são legião em nossa sociedade, os medíocres tornam ainda mais verdadeiro o ditado que vaticina: “Primeiros escolhem primeiros, mas Segundos escolhem Terceiros”.

Explica-se: um sujeito de primeira só pode cercar-se de gente tão boa ou melhor que ele próprio, logo não há porque temer a puxada de tapete. Bom, isso em tese. Já um sujeito de segunda, cuja incapacidade é supercompensada pelo mau caráter, ao atingir uma alta posição, fatalmente tomará as seguintes providências: 1) aplicará a máxima “dividir para governar”; 2) escolherá sempre aqueles chegados ao dedurismo, à puxassaquice pânica; ou ambos. Para ele, inteligência e cultura não só são artigos de somenos como atributos altamente execráveis. Um medíocre de grande envergadura tem uma capacidade ilimitada para torcer a verdade a ponto de transformá-la em mentira.

Sem contar que honestidade vira sinônimo de agressividade, sintoma de conduta  patológica. Atitudes espontâneas como dizer o que pensa, assobiar, cantar, rir,  chorar (mesmo que a mãe tenha morrido há dez minutos) são consideradas demonstrações de fraqueza, infantilidade e até loucura. Contudo, a mais temida de todas as hecatombes subalternas são as idéias criativas. O autor poderá ser tachado de subversivo e, em seguida, receber o bilhete azul. Por justa causa.

Medíocres são encontrados em todas as camadas sociais, etárias e signos do zodíaco. Nem Cristo os esqueceu. “Bem-vindos os pobres de espírito, deles será o reino dos céus”, aliás, devidamente corrigido por Jorge Luís Borges, bruxo de extremo bom senso, que conclui: “Já os pobres de espírito não vão para o Paraíso porque não o compreenderiam”.

Um comentário: